Três adolescentes, com idades entre 12 e 13 anos, foram resgatadas no sábado (7) de um cativeiro em Marechal Deodoro, na região metropolitana de Maceió, após uma delas conseguir pedir socorro pelas redes sociais. O caso chocou a população local pela gravidade e pela idade das vítimas.
Segundo a Polícia Civil de Alagoas, as meninas foram atraídas com uma falsa promessa de trabalho na fabricação de fogos de artifício. Ao chegarem à casa do suspeito, foram impedidas de sair, mantidas trancadas e forçadas a trabalhar sem qualquer remuneração. Durante os três dias em que estiveram em cárcere privado, o homem ainda tentou abusar sexualmente das vítimas.
O caso veio à tona quando a mãe de uma das adolescentes procurou a Central de Polícia de Arapiraca, preocupada com o desaparecimento da filha. De acordo com o depoimento da mãe, a menina havia saído com duas amigas após serem contratadas por um homem que se dizia fabricante de fogos.
Foi graças à ação rápida da filha, que conseguiu encontrar um celular escondido na residência e enviar uma mensagem pela internet, que os familiares conseguiram alertar as autoridades.
A ocorrência foi registrada pela delegada Daniela Camargo, plantonista da Central de Arapiraca, que imediatamente acionou o apoio da Delegacia Especial da Criança e do Adolescente (Deca) e da equipe da Dinpol, sob coordenação da delegada Bárbara Porto.
Após diligências urgentes, a operação policial localizou o imóvel e realizou o resgate das adolescentes. O suspeito foi preso em flagrante e levado para a Central de Polícia, onde foi autuado por cárcere privado, trabalho forçado e tentativa de estupro.
Responsabilização e assistência às vítimas
A Polícia Civil informou que as vítimas estão recebendo atendimento psicossocial e serão acompanhadas pelo Conselho Tutelar e por órgãos de proteção da infância. O caso está sendo tratado como de alta gravidade, considerando o uso de menores em condições análogas à escravidão.
A identidade do suspeito não foi revelada oficialmente, mas ele permanece preso à disposição da Justiça. A investigação continua para apurar se há outras vítimas ou pessoas envolvidas na tentativa de aliciamento.
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