O depoimento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no processo que investiga a tentativa de golpe de Estado será transmitido ao vivo pelo Supremo Tribunal Federal (STF). As audiências ocorrerão entre os dias 9 e 13 de junho, sempre às 14h, na sala de sessões da Primeira Turma do STF, em Brasília.
Com grande expectativa por parte da imprensa e da sociedade civil, a pergunta que muitos brasileiros fazem é: onde assistir ao depoimento de Bolsonaro no STF?
A resposta é simples: a exibição será feita pela TV Justiça e pelo canal oficial do STF no YouTube. A transmissão direta dos interrogatórios é considerada um movimento inédito de transparência em ações penais que envolvem autoridades de alto escalão da República.
Onde assistir ao depoimento de Bolsonaro no STF?
A transmissão será feita por dois canais oficiais:
- TV Justiça – disponível nas principais operadoras de TV por .
- YouTube do STF – www.youtube.com/stf
As sessões são abertas ao público por meio desses canais, com imagens em tempo real diretamente do Supremo Tribunal Federal.
Quando Bolsonaro será ouvido?
De acordo com a programação divulgada, Jair Bolsonaro deverá prestar depoimento entre os dias 10 (terça-feira) e 11 (quarta-feira) de junho. A ordem dos depoimentos segue critério alfabético, mas o primeiro a ser ouvido será Mauro Cid, tenente-coronel do Exército, ex-ajudante de ordens e delator do caso.
Quem mais vai depor?
Além de Bolsonaro e Mauro Cid, estão entre os réus:
- Alexandre Ramagem (PL-RJ) – deputado e ex-diretor da Abin
- Almir Garnier – ex-comandante da Marinha
- Anderson Torres – ex-ministro da Justiça
- Augusto Heleno – ex-ministro do GSI
- Paulo Sérgio Nogueira – ex-ministro da Defesa
- Walter Braga Netto – ex-ministro da Casa Civil (participará por videoconferência, pois está preso)
Todos são investigados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por crimes como organização criminosa, golpe de Estado, dano ao patrimônio público e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.
O que acontece depois?
Após os interrogatórios, a PGR e as defesas podem solicitar novas diligências. Se não houver novidades, o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, abrirá prazo para alegações finais antes de votar. O julgamento caberá à Primeira Turma do STF, composta também pelos ministros Cristiano Zanin, Luiz Fux, Flávio Dino e Cármen Lúcia.
As audiências serão as primeiras a reunir, frente a frente, antigos aliados políticos, agora réus em um dos processos mais emblemáticos da história recente do Brasil.