Alagoas

Cabo Bebeto cobra Verde Alagoas após denúncias sobre fornecimento de água em cinco cidades

Deputado Cabo Bebeto cobra soluções da Verde Alagoas após denúncias sobre água em Tanque D’Arca, Capela, Novo Lino, União dos Palmares e Anadia.

Cabo Bebeto em reunião com a Verde Alagoas - @Reprodução
Cabo Bebeto em reunião com a Verde Alagoas - @Reprodução

A Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Alagoas está investigando uma série de denúncias feitas por moradores de cinco municípios atendidos pela Verde Alagoas, empresa responsável pelo fornecimento de água e esgotamento sanitário em parte do estado. A reunião, conduzida pelo presidente da comissão, deputado Cabo Bebeto (PL), ocorreu na quarta-feira (11) e contou com a presença do diretor-presidente da empresa, Alexandre Lopes, e do gerente jurídico, Vinícius Pertile.

O encontro teve como foco os relatos de problemas recorrentes no abastecimento de água, qualidade do serviço e cobrança de tarifas nos municípios de Tanque D’Arca, Capela, Novo Lino, União dos Palmares e Anadia. De acordo com o deputado, a iniciativa da comissão é receber as queixas da população e, a partir disso, buscar esclarecimentos junto à empresa, visando soluções concretas.

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Tarifas, esgoto e qualidade da água estão entre as principais queixas

Em Tanque D’Arca, os moradores denunciaram a instalação de hidrômetros sem diálogo prévio, aumento das tarifas e precariedade no tratamento de água e esgoto. Segundo a Verde Alagoas, a cidade não contava com qualquer estrutura de tratamento antes da concessão. “Implementamos a setorização da rede e iniciamos o tratamento nos poços. A cobrança começou após a instalação dos medidores. Sabemos que há problemas, principalmente pela tubulação antiga, mas estamos realizando descargas para melhorar a qualidade da água”, explicou Alexandre Lopes.

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Já no município de Capela, o deputado questionou falhas no funcionamento do sistema e a responsabilidade pela bomba que sustenta o abastecimento. A Verde Alagoas informou que a água é adquirida da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal), que também é responsável pela bomba, o que limita a atuação direta da empresa nesses casos.

Nos municípios de Novo Lino e União dos Palmares, as reclamações envolvem cobranças consideradas abusivas, além da distribuição irregular de água e sua baixa qualidade. Lopes garantiu que há uma estação de tratamento funcionando em Novo Lino, e que o cronograma de esgotamento sanitário será seguido conforme o contrato vigente. Em União dos Palmares, ele afirmou que boa parte da cidade já conta com tratamento e que o principal obstáculo atual é a constante falta de energia elétrica, que compromete o abastecimento.

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A situação em Anadia é particularmente delicada. Moradores relatam que, apesar de receberem faturas mensais, precisam comprar água de terceiros devido à escassez e à coloração escura do líquido que sai das torneiras. A empresa explicou que o sistema de abastecimento do município é interligado ao de Maribondo, o que torna a distribuição mais complexa. Ainda segundo Lopes, obras estão em andamento em parceria com a Prefeitura e a Fundação Nacional de Saúde (Funasa).

Comissão quer relatório detalhado e soluções integradas com Casal e Equatorial

Ao final do encontro, o deputado Cabo Bebeto solicitou à Verde Alagoas um relatório técnico detalhado sobre os últimos três meses de operação. O documento deverá conter todas as reclamações registradas nos 27 municípios sob responsabilidade da empresa, além das ações adotadas em cada caso.

“Precisamos de clareza sobre o que está sendo feito para melhorar o atendimento à população. Nosso objetivo é encontrar soluções práticas e conjuntas. Com esse relatório em mãos, vamos convocar também a Casal e a Equatorial para que todas as partes envolvidas assumam seu papel e atuem de forma coordenada”, afirmou o parlamentar.

A comissão deve realizar novas audiências nas próximas semanas, com foco na garantia do direito ao o à água tratada e ao saneamento básico de qualidade.